Vou dizer

Posted by: Clodoilson

dezembro 1st, 2000 >> Existencialista

Agora chega! Vou dizer o que te quero, quero e vou dizer na hora! A hora que é certa, e, certamente é agora, mas o agora é eterno…

Vou dizer-te com meus olhos, não sei se vais entender; vou dizer com meu sorriso, não sei se serei compreendido; mas se perguntares ao teu coração ele te dirá a verdade; que esta é a hora de me devolveres o sorriso, assim entenderei a tua alma, beijarei com meus olhos os teus…

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O sombreiro

Posted by: Clodoilson

abril 15th, 2000 >> Existencialista

Há uma árvore no jardim de todos os
lares, que só pode ser vista por quem sabe
sentir a beleza e o sabor de seus frutos.

Sua sombra refrigera a alma de quem senta
sobre suas raízes – força vital e cura do corpo –
suas folhas exalam o odor exótico e relaxante
igual ao das cachoeiras de mirra rara que
escorrem dos cabelos e por entre os seios
da mãe terra.

Ó árvore mística, a que comparar a beleza
e os dons de tuas flores?
És símbolo da fertilidade, vi-te plantada
em meu jardim e reconheci que sou teu fruto.

O Descanso do Guerreiro

Posted by: Clodoilson

abril 15th, 2000 >> Homenagens

Eu sou o vento que sopra as planícies, as copas verdejantes se inclinam e me cumprimentam, eu as saúdo. Toda a minha vida dediquei à vida, e raramente à morte, em períodos de guerra.

Sou homem, sou índio, xamã… Sempre busquei nos sonhos algo que mantivesse a mim e a meu povo acordados, quando durmo sonho com Deus… Ele me diz : ” – Meu velho, descanse que a hora é chegada. Teu tempo de guerra passou, teus dons já não são úteis, os homens já não querem tua cura. Cumpriste tua missão, dorme em paz meu filho…”   …

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Fóton nas veias

Posted by: Clodoilson

julho 16th, 1999 >> Sem categoria

Da tenebrosidade obscura e úmida e fria e terrivelmente silenciosa formou-se um espanto no cubo escuro do meu espírito, sim, o que era inerte contemplou algo inédito, uma pequena chama ousou se pronunciar, profanando o caos ordenado.
Em escuridões como estas um foco puntiforme faz as vezes de um sol; mas era apenas uma vela; me aproximei atônito, meus olhos buscaram a luz como um sedento a beira da morte a um pouco d’água.
Lá estava ela, a chama dançante, pequeno espírito do fogo, fada ígnea que num bailado frenético cantava louvores ao Deus Altíssimo, dava para ver a luz que corria por suas veias luminosas.
E algo me iluminou como nunca até aquele instante, não foram suas veias, não foi a novidade; o que iluminou e estremeceu minha alma foi a felicidade, a pureza e a serenidade de seu sorriso.

O Que Vejo

Posted by: Clodoilson

julho 16th, 1999 >> Existencialista

À primeira vista vejo pessoas alegres ou tristes comportando-se como acham que decidiram. Mas observando bem, conheço a paisagem, não há novidade. O que vemos agora estamos cansados de ver e saber que é o que veremos amanhã, é por este motivo que inconscientemente evitamos fazer uma observação profunda do que vemos ou sentimos, analisamos superficialmente na esperança de acreditarmos que o observado é mais colorido, mais alegre…

Assim, os dias vão passando; sempre “novos” mas dando a sensação de serem os mesmos, assim não procuramos em melhorar, não temos coragem de nos encarar, dá medo, queremos ficar sozinhos, mas vamos ver a novela…

Um dia tudo acaba.

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