Archive for the ‘Sombrios’ Category
Ah… hoje o sol me disse que era dia de brincar com facas,
Hoje a sua luz veio calada e depositou um brilho suave no jardim,
Olhando o lugar pensei que ele sussurrava um nome…Ah… hoje é dia de brincar com uma criança, hoje é dia de Brincar com facas…
Antigamente eu queria dizer muitas coisas…
Queria gritar, queria mostrar e dividir o que sinto,
Queria desabafar…Toda criança quer mostrar seu novo brinquedo
E comemorá-lo com as outras, inebriada de Alegria…
Monólogo do deus da lama
Posted by: Clodoilson
maio 25th, 2004 >> Existencialista, Revoltados :P, Sombrios
A Grande Revolta pousou em minha alma!
Que desgraça!
Que desgraça!
O corvo dilacera meu ombro esquerdo!
Grito horrendo!
Pavoroso!
Como pude?!
Quando aconteceu?
Por que, eu, fagulha divina resplandecente,
Deixei-me limitar pelas paredes de fumaça do ego humano?
Carcaça podre, matéria mansão dos vermes!
Gaiola de um deus como eu…
O orvalho do capim parece sua armadura de prata refletindo o céu cinza que insiste em chorar sobre nós. Vem o vento, enquanto tenta enxugar suas lágrimas corta-nos com suas lâminas tão finas, tão finas…
Ouvem-se os passos que aos poucos vão se tornando mais volumosos, ouço meus pensamentos, quase serenos, quase confusos, quase só meus…
Gritos agonizantes de um coração sangrando
Posted by: Clodoilson
janeiro 25th, 2004 >> Revoltados :P, Sombrios
A dor profunda vem invadindo a carne imitando uma bárbara adaga fria, enfiada por um cão danado entre minhas costelas e a bacia; grito meu grito abafado que ecoa como que de uma caverna sombria lotada de condenados, dói o peito, rasga-se a alma e o corpo fica em agonia.Pobre daquele cujo coração não experimentou o amor, bálsamo divino que confere alegria e esperança; sem amor o espírito cansa e fica em noite mesmo que seja dia…
Venho a ti, ó tenebrosa criatura chamada mentira,
venho dizer-te que te repudio,
a obra que te tem por alicerce logo vem à ruína,
tua vida é curta, sois senhora da ilusão humana.
Quero dizer-te, não mais me iludirás,
odeio a ti, não quem tu corrompes,
é assim que me vingarei,
assim se manifestará a verdade em meu coração.
18/01/2004
Minha terra tem lixeiras,
Onde catam os cheira-colas;
Os mendigos que por aqui vagueiam,
Pelejam para roubar.
Nosso céu se torna cinza,
Nossas várzeas, maus odores,
Nossos bosques são vendidos,
Nossa vida sem penhores…