Archive for março 13th, 2004
Se ao mínimo sinal da razão humana o desespero se faz presente e o stress arrasa as células, não é melhor que eu ignore esta que me ataca? Se a fé que me acolhe não me cobra o pensamento, se a ciência prova que quem a possui vive mais, não é preferível viver por ela? Penso que sim, até por determinação biológica…
O orvalho do capim parece sua armadura de prata refletindo o céu cinza que insiste em chorar sobre nós. Vem o vento, enquanto tenta enxugar suas lágrimas corta-nos com suas lâminas tão finas, tão finas…
Ouvem-se os passos que aos poucos vão se tornando mais volumosos, ouço meus pensamentos, quase serenos, quase confusos, quase só meus…
Aqui, parado assim, parece-me que o mundo agora se move, ouço os pássaros e o som que sai dos aparelhos de ar condicionado; as vozes juvenis me cercam por todos os lados e ouço tudo de uma vez, mas agora percebo que são muitos sons, não mais os percebo como a maçaroca sonora de antes. Aqui, parado assim, vejo as cores ao redor mudando de tom lentamente, vou me despedindo do sol e seu calor, ele ainda toca a copa das árvores, mas ninguém nota e, um ou dois percebem que estou escrevendo…