Quase Poemas

Eu sou o Arauto da Revolta, todos vocês me enojam, me revoltam todos vocês que nasceram com um pouco mais de dinheiro e se acharam no direito de menosprezar os pobres, e ainda mais, se acharam livres da responsabilidade de diminuir a miséria na Terra.
Me revoltam todos vocês que nasceram um pouco mais belos e viram seus semelhantes como seres feios, seus feios atos me revoltaram ainda mais quando se acharam livres do dever de espalhar a beleza pela Terra…

Me revoltam principalmente aqueles de vocês que nasceram com um pouco mais de inteligência e se acharam superiores aos demais, os viram como dementes, desprezaram seus irmãos e se acharam livres do dever de espalhar a Sabedoria pela Terra.
Todos vocês que nasceram mais ricos, mais belos e mais inteligentes formaram a escória que fofoca à surdina, que critica sem cessar e pouco ou nada faz, que como serpentes destilam o veneno em seus próprios organismos para lançarem nos demais seres. Deviam sim, observarem aqueles menos favorecidos, os menos ricos, belos ou inteligentes que mesmo assim possuem mais caráter, mais honra, mais dignidade e, quem sabe assim, aprender um pouco sobre o que é ser humano.
Vocês são vaidosos e inconstantes e ainda assim, cegos e imbecis o suficiente pra só verem os erros e defeitos alheios; acham-se capazes de enganar a sim mesmos, se gabando na lama de seus próprios narcisismos, tolos, fúteis, vis imbecis.
Espalham mais futilidade sobre a Terra, amontoando ainda mais lixo e loucura ao patrimônio podre deixado por seus avós.
Não vim mendigar um pouco de compreensão nem pedir mudança de atitude, ao contrário, meu desejo é que todos vocês, seres “superiores” fucem e chafurdem no chiqueiro que fizeram de seus mundos e suas vidas e assim morram sufocados, continuem criticando a tudo e a todos e até a esta merda de manifesto, ou simplesmente ignorando, porque não faz diferença alguma.

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