Monólogo do deus da lama

Posted by: Clodoilson

maio 25th, 2004 >> Existencialista, Revoltados :P, Sombrios

A Grande Revolta pousou em minha alma!
Que desgraça!
Que desgraça!
O corvo dilacera meu ombro esquerdo!
Grito horrendo!
Pavoroso!

Como pude?!
Quando aconteceu?
Por que, eu, fagulha divina resplandecente,
Deixei-me limitar pelas paredes de fumaça do ego humano?
Carcaça podre, matéria mansão dos vermes!
Gaiola de um deus como eu…

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Carta ao meu amigo Júlio

Posted by: Clodoilson

abril 25th, 2004 >> Homenagens

Talvez seja uma ousadia te chamar de amigo
Mas com certeza não é uma inverdade. Percebo
Um amigo não como alguém que necessariamente
Nos é chegado a nossa intimidade, mas também
Como todo aquele que de uma forma ou de outra,
Com seu próprio talento é luz, ilumina-nos um
Pouco com um tanto de si mesmo.Assim é Júlio, radiante Júlio! De onde vem essa
Tua pujança? Por certo vem do Criador…

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Uma declaração como presente de Natal

Posted by: Clodoilson

abril 25th, 2004 >> Que falam de amor

“Bate o sino, pequenino, sino de Belém…” Nesta época do ano sentimos esta canção natalina e tantas outras ecoando em nossos corações, reverberando sem fim.
Que presentes aquele velho Noel nos trará desta vez? Estou com um pouco de medo, acho que não fui um bom menino este ano; bem, de qualquer forma eu não ia pedir nada mesmo, eu só queria agradecer pelo maior presente do mundo, quero agradecer por você, meu amor, meu presente maior, tudo em minha vida, tendo você, meu amor, nem sei mesmo o que mais pedir, mas seria injusto agradecer só a Papai Noel e não te dizer nada, por isto te digo que só cheguei até aqui graças a ti, a tua força constante era o que mantinha as minhas insegurança e inconstância sob controle; quando batia o desespero e eu não tinha para onde ir, corria para o quarto e chorava nos teus braços ternos, assim, teu abraço foi meu ninho nestas tempestades violentas. Para onde mais eu fugiria?

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Um rosto novo no espelho

Posted by: Clodoilson

março 28th, 2004 >> Existencialista

Clodoilson, um cara nascido em João Pessoa em 08 de maio de 1980, dizem que aquele dia foi traumático pra ele, parece que ele não parava de chorar nunca, sua mãe dizia que ele não queria ter saído, penso que talvez porque não queria enfrentar a vida, mas enfim, veio ao mundo.
Ao quatro anos ele ganhou uma irmãzinha, para espanto de todos, ele não tinha ciúmes, ao contrário, a amava demais e sempre estava brincando com ela, fascinado por seus gestos, como se fossem mais infantis que os seus. Mas afinal, eram os únicos filhos, tinham que se unir…

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Tô com saudades

Posted by: Clodoilson

março 28th, 2004 >> Que falam de amor

Oi minha lindinha! Onde você está? Tenho te procurado a vida inteira, porque não te acho? Estou com saudades daqueles sorrisos infantis e do seu olhar brilhante, mas sinto falta mesmo é daqueles abraços apertados que nunca te dei, daquele gosto da tua boca.

Lembro-me daquele dia, nunca vou esquecer a lágrima no teu rostinho de fada, aquela pequena gotinha foi uma das maiores coisas que alguém já me deu, eu te dei algumas também.

Cadê você? Apareça de vez em quando para eu me lembrar do que é felicidade, fique um pouco mais em meus sonhos. Lembra da rosa que te dei? Ouvi falar que ela não morre e ainda hoje exala perfume, assim como as lembranças que tenho de ti perfumam meu coração…

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Prisão em si

Posted by: Clodoilson

março 28th, 2004 >> Existencialista

Sei na pele que nada sou em mim mesmo enquanto não tiver autoridade sobre meus próprios pensamentos, que nada pensarei por mim mesmo enquanto não tiver a capacidade de manter-me em silencio, até lá, todos somos uma caverna viva ouvindo o eco de ruídos não gerados por nós.

Enquanto não paramos de observar o eco, não vemos a luz da saída, ficamos presos dentro de nós mesmos e a chave não está fora.
28/03/2004

Pensar? como?

Posted by: Clodoilson

março 13th, 2004 >> Existencialista

Se ao mínimo sinal da razão humana o desespero se faz presente e o stress arrasa as células, não é melhor que eu ignore esta que me ataca? Se a fé que me acolhe não me cobra o pensamento, se a ciência prova que quem a possui vive mais, não é preferível viver por ela? Penso que sim, até por determinação biológica…

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Poesia de um dia cinza

Posted by: Clodoilson

março 13th, 2004 >> Sombrios

O orvalho do capim parece sua armadura de prata refletindo o céu cinza que insiste em chorar sobre nós. Vem o vento, enquanto tenta enxugar suas lágrimas corta-nos com suas lâminas tão finas, tão finas…
Ouvem-se os passos que aos poucos vão se tornando mais volumosos, ouço meus pensamentos, quase serenos, quase confusos, quase só meus…

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Parado

Posted by: Clodoilson

março 13th, 2004 >> Existencialista

Aqui, parado assim, parece-me que o mundo agora se move, ouço os pássaros e o som que sai dos aparelhos de ar condicionado; as vozes juvenis me cercam por todos os lados e ouço tudo de uma vez, mas agora percebo que são muitos sons, não mais os percebo como a maçaroca sonora de antes. Aqui, parado assim, vejo as cores ao redor mudando de tom lentamente, vou me despedindo do sol e seu calor, ele ainda toca a copa das árvores, mas ninguém nota e, um ou dois percebem que estou escrevendo…

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O vento frio que me sopra longe…

Posted by: Clodoilson

março 5th, 2004 >> Homenagens

Amigo meu, companheiro frio, me acaricias a face e me cortas a alma. Vem soprar hoje, eu te sopro também, tu és a rocha.Hoje estou longe, me levaste como fizestes com Dorothy, estou em um país sem encantos, sem brilho, sem vento; me sopra de volta, me puxa pra onde eu estava; ao menos as cores eram vivas e o gosto tinha sabor; agora tudo é cinza, tenho que recorrer a um sorriso infantil para esboçar o meu, tenho que fechar os olhos se quiser ouvir-te dentro de mim, quando cruzas minhas vastas solidões, minhas esquinas sem ângulo…

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